20 novembro 2009

Climatologia

A climatologia é uma ciência muito importante, pois diversas atividades humanas (agricultura, economia, comércio, etc) dependem de dados do clima para tomar decisões. Um fazendeiro, por exemplo, necessita de informações do clima para saber quando, quanto e como poderá plantar e colher determinado gênero agrícola.
Com o uso da tecnologia moderna, principalmente dos satélites, a climatologia atual vem oferecendo dados e informações cada vez mais precisas sobre chuvas, secas, temporais, furacões, geadas, etc. As informações de médio e longo prazo, que antes eram inexatas, agora são geradas com alto grau de acerto pela climatologia.
Com as mudanças climáticas que temos verificado nas últimas décadas, principalmente o aquecimento global, a climatologia tornou-se ainda mais importante. Esta ciência oferece dados capazes de sinalizar para o aumento ou diminuição das temperaturas em nosso planeta. Esta ferramenta importantíssima consegue identificar como a agricultura será afetada, por exemplo.

Um estudo feito por pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) revelam que o aumento das temperaturas pode provocar perdas nas safras de grãos no valor de R$ 7,4 bilhões já em 2020 – quebra que pode saltar para R$ 14 bilhões em 2070 – e alterar profundamente a geografia da produção agrícola no Brasil.
“O país está vulnerável. Mantidas as condições atuais, a produção de alimentos está ameaçada. Em termos de política, alguma coisa tem de ser feita, e rápido”, alerta o engenheiro agrícola Eduardo Assad, da Embrapa Informática Agropecuária, que coordenou o estudo ao lado de Hilton Silveira Pinto, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp. Aponta, ainda que “se nada for feito para mitigar os efeitos das mudanças climáticas nem para adaptar as culturas à nova situação, ocorrerá uma migração de plantas para regiões nas quais hoje não são cultivadas, pois os agricultores partirão em busca de condições climáticas melhores. Áreas que atualmente são as maiores produtoras de grãos podem não estar mais aptas ao plantio bem antes do final do século”.
Diversas práticas agrícolas são capazes de diminuir esses efeitos, um exemplo, é a retomada da técnica inicial utilizada no cultivo do café, em seu país de origem, a Etiópia, o cultivo se dá à meia sombra, o que diminui a temperatura no pé. No Brasil a planta foi adaptada, o que permitiu que ela fosse cultivada em pleno sol, mas, estudos apontam quem os benefícios com a arborização do cafezal, diminuem de 20% a 30 % a radiação incidente, além de amortecer o vento e amenizar a temperatura noturna, favorecendo a defesa contra geadas.
Alguns agricultores em São Paulo têm utilizado a arborização do cafezal, com mangueiras, abacateiros, macadâmia entre outras. O climatologista Pedro Dias, pesquisador da Universidade de São Paulo e membro do IPCC. Cafeicultor nas horas vagas, ele deixou crescer o mato ao redor dos pés de café e plantou mangueiras, “para ver o que ia acontecer”, no seu cafezal. Ele afirma que também teve esse resultado com a manga. “O café gosta de crescer à sombra. Testei algumas variedades, a manga palmer foi a que se saiu melhor, porque é mais aberta e também deixa passar os raios de Sol. Sem contar que ela troca bastante de folha, aumentando a quantidade de matéria orgânica no solo”, afirma Dias.

O pesquisador e cafeicultor defende que os riscos do aquecimento global trazem uma oportunidade. “Só é uma ameaça se não fizermos nada, mas existem formas de adaptação que podem se transformar em oportunidades. Precisamos buscar essas oportunidades, usufruir dessas condições adversas.”





4 comentários:

  1. Ola Elaine

    Interessante esta materia, realmente algo precisa ser feito, que tal nos dar algumas dicas de como podemos agir para ajudar a melhorar o nosso ar de cada dia.

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  2. josybartolomeu7@hotmail.com22 de novembro de 2009 às 01:59

    Realmente a climatologia exerce grande influencia sobre as atividades humanas. No ramo em que trabalho, se não houver pasto verde para a vacas leiteiras comer, a produção de leite cai e consecutivamente o leite aumenta e temos um entresafa que ocasiona o aumento dos produtos que utilizam o leite como fonte de matéria prima primordial.

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  3. Gostaria de lançar aqui uma polêmica (e bota polêmica nisso....): falar sobre a Fundação Cacique Cobra Coral - que acredita que pode prever o tempo e, mais que isso, influenciá-lo - e tem convênios com diversas prefeituras (pelo menos está lá no site deles). E a imprensa paulistana por vezes dá cobertura. Qual a razão? Os governantes estariam entregando nas mãos dos espíritos as catástrofes e problemas causados pelo natureza nas cidades mal planejadas e largadas a própria sorte???

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  4. Polêmica ou não, a Fundação Cacique Cobra Coral, mantém convênio com grandes empresas, governo do estado e prefeituras, de diversas regiões do país e do mundo. A credibilidade da instituição é representada pela médium Adelaide Scritori, a missão da fundação diz: “minimizar catástrofes que podem ocorrer em razão dos desequilíbrios provocados pelo homem na natureza”. O site faz alertas principalmente sobre as mudanças climáticas e o aquecimento global e tem um serviço próprio de meteorologia. Há quem acredite e quem duvide dessas previsões, mas a entidade ancora-se em fatos, com testemunhas. No início do ano passado, o MME recebeu relatório prevendo apagão este ano. Para os supersticiosos e céticos, uma notícia que suscita debate entre os cidadãos e preocupação para o governo.

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